Nada de bens materiais trouxemos, nada de bens materiais daqui levaremos, como bem nos lembraram grandes personagens históricas como Charles Chaplin, Steve Jobs, dentre outros. Mas trouxemos, sim, ampla capacidade de crescimento intelectual, olhos aguçados o suficiente para enxergarmos oportunidades, um faro igualmente capaz de perceber chances de crescimento mesmo que não sejam aparentes, e um corpo adaptável a circunstâncias tão radicais que, muitas vezes, nem acreditamos que possamos superar determinados obstáculos.
Mas, meu amigo, minha amiga, não chegamos a este mundo como um projeto acabado. Os nove meses de gestação não passaram de uma preparação para a vida produtiva e já começaram no dia seguinte ao nosso nascimento. É claro que há o breve desafio da sobrevivência das primeiras horas, dos primeiros dias…. Desafio que, na verdade, estender-se-á até o último suspiro. Mas no dia subsequente ao nosso nascimento, já estreamos no campo de batalha da vida, ambiente onde, queiramos ou não admitir, tornamo-nos os protagonistas das nossas existências – tanto no aspecto físico quanto intelectual.
E é essa a cereja do bolo dessa abordagem.
Independentemente dos recursos, dos conhecimentos de quaisquer naturezas, das assessorias com as quais possamos contar, somos nós mesmos, física e/ou mentalmente, a nossa principal ferramenta. Somos nós o carro de combate, somos nós a nossa metralhadora, a nossa munição e a nossa trincheira, destinada a guardar os nossos suprimentos.
Que cuidemos, pois, do nosso corpo, da nossa saúde com o zelo que um paraquedista dobra o seu paraquedas antes de realizar um salto…. Que qualifiquemos, ou requalifiquemos, a nossa imagem pessoal com um empenho similar ao de um piloto de avião, ao traçar o seu plano de voo e submetê-lo à avaliação para, só então decolar.
Ninguém é mais importante que nós mesmos no processo de transformação da nossa vida n’algo mais agradável, da nossa palafita num grande castelo, da nossa singela canoa num avião e da nossa transformação, de sobreviventes a vencedores.
Como a produção de uma obra depende de trabalho, às vezes de muito trabalho, quem não estiver apto à produtividade nada poderá construir, o que nos leva à brilhante conclusão de que somos nós mesmos a nossa principal metralhadora e que, sem ela, não haverá como matarmos o nosso leão de cada dia.
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