Morre lentamente

por jan 1, 2022

Morre lentamente quem não troca de ideias, quem não troca de discurso, quem não evita as próprias contradições…

Morre lentamente quem vira escravo do hábito, quem repete todos os dias os mesmos trajetos, as mesmas compras no supermercado…. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece…

Morre lentamente quem faz da TV o seu guru e seu parceiro diário. Como podem 14 polegadas ocuparem tanto espaço na vida de alguém…?

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco, os pingos nos is, a um turbilhão de emoções indomáveis – justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos…

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está só, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo…

Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar…

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante…. Quem desiste de um projeto antes de iniciá-lo, quem não pergunta sobre um assunto que desconhece…. Quem não responde, quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em suaves prestações, lembrando-nos que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar!                                                                           

(Autor ignorado)

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1 Comentário

  1. FERNANDO ALEXANDRE

    Parabéns pelo texto – “morre lentamente”. Quem não se renova morre sem que perceba. Sua seleção de textos é especial, obrigado meu amigo Sílvio.

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