
Tenho dito que a minha produção literária tem duas fases: antes e depois de conhecer a “pequena notável”, Giselda Medeiros de Albuquerque: a sombra que parece estar presente em tudo o que publiquei, em tudo que publico e, hoje, numa significativa parcela do meu estilo literário, assim como uma figura chamada Khalil Gibran está no conteúdo.
Simplesmente, todos os meus livros foram por ela revisados, todos os meus textos publicados em coletâneas, inclusive ganhadores e perdedores de concursos (e foram vários), e foi, na verdade, através das suas revisões e sugestões que eu “comecei a tomar jeito de escritor”, se é que eu posso me ver como tal.
Hoje, ante uma simples dúvida que eu tenha com o idioma, assim como ocorreu com um cara chamado Anísio Mello na minha pintura, enquanto ele não migrou “para o andar de cima”, é a ela que eu recorro, na certeza de ser muito bem atendido. Até uma ideia diferente que me ocorra eu lembro dela, converso com ela a respeito e me sinto muito confortável com as suas orientações.
Jamais esqueci da pergunta que ela me fez no dia em que conversamos a respeito da revisão do meu primeiro livro, em 2004, mediante indicação do Vicente Alencar, se eu queria revisão ortográfica pura e simples, ou que olhasse tudo o que dissesse respeito à obra e eu, como que por motivação divina, disse que gostaria que ela olhasse tudo, numa das respostas mais sábias que eu já dei a alguém. Ali, naquele momento, eu dei dois, três ou quatro passos à frente na minha literatura, pois as suas revisões tornaram-se verdadeiras aulas silenciosas que continuam havendo até os dias de hoje.
Tenho dito que ela conhece tanto da minha literatura, que se eu rabiscasse um velho “papel de pão” e não assinasse, ela saberia que teria sido eu. Veja abaixo, meu amigo, minha amiga, porque eu não poderia deixar de fazer referências também, a essa ilustríssima Senhora Giselda Medeiros, a quem eu tenho a honra de tratar como amiga.
Biografia de Giselda Medeiros
Giselda de Medeiros Albuquerque nasceu em Prata-Acaraú/CE, em 14 de julho. É sócia efetiva da Academia Cearense de Letras; Academia Cearense da Língua Portuguesa; Academia Fortalezense de Letras; Academia de Letras e Artes do Nordeste; Sociedade Amigas do Livro; União Brasileira de Trovadores – seção de Fortaleza e Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno. É Presidente de Honra da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil e Sócia Emérita da Academia Feminina de Letras do Ceará.
É detentora de vários prêmios, dentre eles: II Prêmio Ceará de Literatura – 1995; XV Prêmio de Poesia Falada do Norte e Nordeste; Prêmio Osmundo Pontes de Literatura – 1999; Prêmio Henriqueta Lisboa pela Academia Mineira de Letras – 2003; Prêmio Domingos Olímpio de Literatura – 1998; Prêmio Literário Henriqueta Lisboa pela Academia Mineira de Letras – 2003; Prêmio Lacyr Schettino – Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais – 2003; Prêmio Lúcia Fernandes Martins de Poesia – Academia Cearense de Letras – 2008, além de muitos outros na Trova, no Conto, na Crônica.
Obra publicada: Poesia: Alma Liberta (1986), Transparências (1989), Cantos Circunstanciais (1996); Tempo das Esperas (2000); Ânfora de Sol (2010). Prosa: Sob Eros e Thanatos (2002); Crítica Reunida (2007). Organizadora de Caminho de Sol (2015) – homenagem à Professora Raimunda de Souza Fernandes, sua mãe, em razão do seu centenário de nascimento. Sua obra é comentada no livro A Saga Lírica de Giselda Medeiros, organizado por Gizela Nunes da Costa (2017).
Foi Presidente Nacional da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil – AJEB (2002-2006) e Presidente da Coordenaria do Ceará – AJEB/CE (1998-2008). Como Diretora de Publicação desta entidade, coordena a edição de Policromias, hoje no seu 11º volume.
Em 2002, foi aclamada Princesa dos Poetas do Ceará.
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