
Possivelmente inspirado na célebre frase atribuída ao filósofo grego Sócrates (“Conhece-te a ti mesmo”), o autoconhecimento diz respeito a uma espécie de “instinto de precaução” do ser humano, levando-se em conta a impossibilidade de sabermos, com exatidão, qual é o grau de dificuldade que todo desafio poderá nos impor.
Equilíbrio se dá quando as forças opostas são equivalentes.
Numa contenda em que estejamos envolvidos, quer seja um jogo, uma luta corporal ou a busca de uma grande conquista, temos um grande conhecimento da nossa capacidade de reação, mas, conhecimento total, jamais.
Ora…. Se desconhecemos a nossa real capacidade quando submetidos a determinados estímulos, o que dizer do poder de resistência e de fogo do nosso contendor? Seguramente, a margem de erro do nosso conhecimento quanto a capacidade dele, é bem maior que com relação à nossa, o que já configura motivo para acendermos a luz amarela.
Fala-se, com muita propriedade, que tudo na vida tem um preço. Mas, o que significaria a palavra “tudo” nessa frase? Os desafios, é claro!
E como encarar de peito aberto, e jogando todas as nossas fichas, um jogo em que não conhecemos a nossa real capacidade, e muito menos, senão nada, da capacidade de resistência e fogo do adversário, do obstáculo que se nos ponha à frente, do desafio que estejamos encarando, que queremos superar…?
Apenas recorrendo àquilo que conhecemos de nós mesmos, aos nossos limites, à nossa capacidade de fogo, de reação….
Ao nosso autoconhecimento, portanto, combinado com uma coisa chamada humildade.
Moral da história: em qualquer desafio, seja ele de que natureza for, é indispensável que saibamos até onde podemos chegar.
O bom jogador sabe quando está prestes a perder o jogo e que pagar uma despesa sob o seu controle, dói bem menos.
0 comentários