
E se eu lhe perguntasse se todos os seres humanos já nascem com objetivos de vida traçados?
– Claro que não! – Você, provavelmente, me responderia.
E se eu lhe perguntasse se toda criança, até 12 anos de idade, e se todo pré-adolescente, entre 10 e 14 anos, já teriam objetivos de vida traçados nessa fase da vida?
– Normalmente, também não…! – Imagino que seria a sua segunda resposta.
E quanto ao adolescente, um ser de idade entre 12 e 18 anos…? – Se eu também lhe perguntasse?
Aí talvez você me respondesse que, nessa faixa de idade, já encontramos jovens diferenciados que parecem ser, de alguma forma, alertados para um futuro não muito risonho que por eles poderia estar esperando. Seriam os ditos “focados”.
Se admitíssemos como correspondente à realidade o conteúdo desse fictício diálogo, concluiríamos que cabe inteiramente aos pais, ou responsáveis, zelar pela formação intelectual dos seus futuros cidadãos quando crianças, dividir essa responsabilidade com eles na pré-adolescência para que, quando chegassem aos 18 anos de idade, no máximo, já fossem protótipos de cidadãos prontos para estabelecer objetivos na vida e até conquistá-los, caso já os tivessem definido precocemente.
É fato que o mercado já nos mostra jovens de 17, de 18 anos em plena fase produtiva em diversas especialidades, o que nos remete a uma tese (?) interessantíssima versando sobre pessoas tratadas por “seres cristais”.
Mas, em linhas gerais, o nosso futuro é decidido nessas primeiras fases da vida. Dependerá do que alguém teria deixado de fazer ontem, do que nós mesmos deixamos de fazer quando a responsabilidade começou a transitar para a nossa jurisdição, bem como da nossa demora, da nossa hesitação, do tipo de atenção que dedicamos aos assuntos relacionados ao nosso porvir… Todos esses desleixos podem nos cobrar um preço muito alto lá na frente.
Diria outra tese conhecida por Lei da Atração: – Sonhe com o que quiser, mas faça-se merecedor e esteja preparado! Negligenciar qualquer dessas prescrições é boicotar a si mesmo.
Silvio Cayua
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